Entrevista nessa Segunda-Feira dia 1!
Frank Iero, guitarrista do My Chemical Romance, não apenas é um dos nossos artistas de assinatura, como também um de nossos entrevistados favoritos. Frank ama conversar sobre guitarra e música, e seu entusiasmo pela sua arte é sempre muito claro. O Epiphone Frank Iero Phant-o-matic foi lançado ano passado para ótimas críticas. Frank e seus colegas do MCR vêm trabalhando duro em um novo álbum para 2013, em seu estúdio [do MCR] em Los Angeles.
O My Chemical Romance também anunciou recentemente que a partir de outubro a banda planeja lançar duas músicas inéditas a cada mês até março de 2013. As faixas foram gravadas pouco antes de seu último álbum, Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys, e são conhecidas entre os fãs que os acompanham como Conventional Weapons. “Nós esperamos que vocês aproveitem essas cápsulas do tempo, e que elas possam lançar um pouco mais de luz sobre como e de onde o Danger Days veio, e talvez mesmo onde o futuro do MCR pode estar. Foi o melhor dos tempos e o pior deles… E agora finalmente é o momento de levantar o véu sobre o Conventional Weapons”, anunciou Frank no site oficial. A Epiphone encontrou-se com Frank para saber tudo o que ele tem feito.
Então, de todas as guitarras que você poderia ter escolhido para ser o seu instrumento de assinatura, por que um Wilshire? Você é tão animado no palco que acho que o Wilshire é uma das poucas guitarras que tem um grande som sem ser um fardo físico.
Frank Iero: Droga, você meio que roubou a minha resposta. É verdade que ela é leve. É uma guitarra versátil, que pode dar uma batida e soar enorme se você quiser. Eu usei as Les Paul Elitist por um tempo e as amei, mas elas eram muito pesadas e grandes. Agora, depois de tocar minha Wilshire Phant-o-matic, não acho que conseguiria voltar para a ‘Paul definitivamente.
Você já notou qualquer alteração no seu estilo desde que você começou a tocar sua Phant-o-matic?
Frank Iero: Oh, com certeza. Há uma grande diferença. Guitarras são vivas. Elas possuem uma alma. Algumas não, e isso é perceptível. Essa é a beleza do instrumento; Cada guitarra é diferente, nenhuma Wilshire é igual. Vai de cada estilo corporal, para cada um é uma coisa completamente diferente. Se eu pudesse acrescentar apenas uma coisa, gostaria de estender o pescoço em alguns trastes [divisões da guitarra]. Eu tenho um velho 24-trastes Dan Armstrong, e é bom ter esse espaço extra para ir mais alto.
Como grupo, como vocês gostam de conversar sobre música quando estão criando arranjos e compondo? Você acha que vocês precisam tentar interpretar ideias não-musicais em algo musical?
Frank Iero: Absolutamente. Acho que nós provavelmente falamos de música mais termos abstratos do que falamos em vernáculo musical. Cores, sentimentos e cenário– tudo isso entra em jogo quando estamos fazendo músicas do My Chem. Nós tentamos muito usar a música para transportar emoção a quem ouve. Acho que é por isso que usamos tanto filmes como referência enquanto fazemos música. Nossas músicas são muito ligadas ao visual. Às vezes nós apenas vemos a cena em nossas cabeças, mas se você ouvir com atenção suficiente, talvez você possa vê-la também.
Ok, Verde Esmeralda é super legal. Por que verde para o Phant-o-matic Edição Limitada?
Frank Iero: É estranho, para ser honesto. Verde costumava ser a cor que eu menos gostava. Mas há alguns anos, enquanto estávamos trabalhando no Danger Days, sonhei com essa guitarra. Era meu modelo Wilshire, mas verde esmeralda com uma faixa de corrida verde claro e pareceu muito foda. Então liguei para Cara Hogan, minha representante da Epiphone, e perguntei se havia alguma maneira nós fazermos isso de verdade. A partir de então, verde esteve ao meu redor por alguma razão. Meu personagem no disco acabou vestindo verde, o símbolo dele era verde. Não sei, mas de qualquer forma eu realmente amo a aparência da guitarra na vida real. É muito surreal sonhar algo e então ver isso se tornar realidade.
Você já pensou em compor músicas para a trilha sonora de um filme?
Frank Iero: Sim, na verdade essa é uma paixão que eu acredito que todos na banda têm, possivelmente, gravar para um filme um dia. É algo que já havíamos conversado um pouco sobre. Eu adoraria ver isso acontecer um dia.
Muitos músicos falam sobre encontrar a guitarra que se torna suas vozes. O Phant-o-matic é esse tipo de instrumento para você? Nós esperamos que sim.
Frank Iero: Haha, sim, também espero. É um instrumento divertido de tocar. É bastante confortável, mas acho que ainda estamos começando a conhecer um ao outro e isso é bom pra mim. Acho o desconhecido divertido.
Existe algo sobre tocar guitarra que você acha frustrante e surpreenderia seus fãs?
Frank Iero: Acho que guitarra e música em geral tem sempre sido uma relação amor/ódio para mim. Eu não sei se eu poderia amar tanto quanto eu amo se eu não realmente odiasse isso às vezes. Tanto na principal quanto na base, eu acho que a linha tende a ficar turva na nossa banda. Mas eu não sou o tipo de cara para solos. Por alguma razão eu realmente nunca quis fazer isso. Eu meio que prefiro anti-solos. Não tenho nada contra eles, às vezes acho que eles são absolutamente necessários e me divirto quando outra pessoa os toca bem, isso apenas nunca foi minha praia.
O novo disco se aproxima e falaremos disso no futuro. Mas você pode nos dar uma pitada de como o Willshire está influenciando sua atitude? Mais experimental talvez?
Frank Iero: Hmmm, eu diria que, definitivamente, há mais experimentos acontecendo. Como banda e como músicos, estamos constantemente tentando empurrar a nós mesmos e nos esforçando para alcançar o próximo nível. Gostamos de surpreender a nós mesmos e tentamos impressionar um ao outro. Às vezes, sutileza é o mais difícil de tirar na guitarra.
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